sexta-feira, 5 de março de 2010

Você tem medo de tomar a vacina contra a gripe suína?


05/03/2010 - 00:41 - Atualizado em 05/03/2010 - 10:15

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 15% das pessoas temem o medicamento, que começa a ser aplicado na segunda-feira (8)
ISABEL CLEMENTE

Às vésperas de dar a partida na maior campanha de vacinação já feita no país, o Ministério da Saúde foi a campo saber o que os brasileiros pensam de uma vacina contra a gripe suína – a gripe A (H1N1). Como tradicionalmente o brasileiro costuma aderir às campanhas, o Ministério da Saúde aposta as fichas no sucesso da vacinação, que começará na segunda-feira (8). A pesquisa de opinião, realizada entre os dias 20 e 24 de fevereiro, entrevistou 1.300 pessoas em 352 cidades de todos os Estados.

Eis os resultados, que ÉPOCA mostra em primeira mão:

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Mais informações sobre a gripe suína no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br)

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI125377-15257,00-VOCE+TEM+MEDO+DE+TOMAR+A+VACINA+CONTRA+A+GRIPE+SUINA.html

Sociedade Americana de Câncer redefine recomendações para diagnóstico do câncer de próstata

03/03/2010 - 19:43 - Atualizado em 04/03/2010 - 12:29

Entidade alerta para o uso do exame de PSA como a única forma de diagnóstico da doença. Segundo estudos, a análise pode produzir resultados falsos positivos

REDAÇÃO ÉPOCA
DIAGNÓSTICO
O exame de PSA é uma das maneiras de se detectar o câncer de próstata

Nesta quarta-feira (3), a Sociedade Americana de Câncer (ACS, em inglês) publicou novas orientações sobre a detecção do câncer de próstata. De acordo com as recomendações, os homens, aos 50 anos, devem conversar com seus médicos para discutir os prós e os contras dos exames que detectam a presença da doença. Essa é a primeira vez, em uma década, que a ACS revê as suas orientações sobre o câncer de próstata.
O rastreio do câncer da próstata consiste, além da análise dos fatores genéticos, étnicos e de idade, na avaliação do PSA (antígeno prostático específico) ou do exame de toque retal.
Segundo a ACS, embora o teste do PSA possa detectar o câncer, ele também pode produzir, resultados falsos positivos que levam à biópsias desnecessárias e desconfortáveis e a tratamentos que produzem efeitos colaterais indesejáveis, tais como impotência e incontinência urinária. Por outro lado, os testes com resultados normais podem negligenciar cânceres existentes.
O objetivo da entidade é inibir o uso do teste de PSA, usado desde a década de 80, para um diagnóstico definitivo sobre a doença.

A entidade diz que os homens que optarem pelo exame de PSA devem fazer o rastreio anualmente se o seu nível do antígeno for igual ou superior a 2,5 nanogramas por mililitro (ng / mL) Os homens cujo PSA esteja abaixo de 2,5 ng/mL podem fazer o exame a cada dois anos. Os homens com um nível de PSA igual ou superior a 4,0 ng / mL devem considerar uma avaliação adicional, como uma biópsia. Orientações anteriores sugeriam que os homens com uma PSA de menos de 4,0 ng / mL deviam testar o PSA anualmente.

As orientações atualizadas da Sociedade Americana de Câncer também recomendam que os homens de risco médio devem procurar informações sobre os riscos e benefícios dos exames aos 50 anos.
Os homens com maior risco - incluindo negros e com um pai ou irmão que foram diagnosticados com a doença – consultem um médico aos 45 anos.
Para aqueles homens com vários membros da família com diagnóstico de câncer de próstata antes dos 65 anos, a orientação é que a consulta com o médico seja feita aos 40 anos de idade.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens comecem a prevenção do câncer de próstata aos 45 anos. No caso de haver casos da doença na família, a recomendação é de que o controle comece antes, aos 40. A entidade também alerta para o crescimento benigno da próstata - depois dos 40 anos – que pode fechar ou apertar o canal da uretra, dificultando a eliminação total da urina.

A Sociedade Americana de Câncer estima que 192.000 homens foram diagnosticados com câncer no ano passado. O câncer de próstata é a segunda causa da doença em homens, matando cerca de 27.000 em 2009.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI125120-15257,00-SOCIEDADE+AMERICANA+DE+CANCER+REDEFINE+RECOMENDACOES+PARA+DIAGNOSTICO+DO+CA.html

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ministério pode avisar por e-mail data para tomar vacina contra nova gripe

Ministério pode avisar por e-mail data para tomar vacina contra nova gripe

Sistema estará disponível a partir do dia 8 de março. É preciso cadastro.
Campanha de vacinação terá cinco etapas diferentes.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, abre encontro com profissionais de saúde e representantes de instituições de ensino do país, para atualizar e capacitar profissionais que irão atuar na segunda onda da Influenza H1N1. (Foto: Elza Fiúza/ABr )

O Ministério da Saúde desenvolveu um sistema que avisará por e-mail a data em que a pessoa poderá tomar vacina contra a gripe A (H1N1). A campanha é dividida em cinco fases e cada cidadão poderá tomar a vacina em um período diferente. Por isso, será possível se cadastrar no sistema a partir do dia 8 de março para ser avisado da data de vacinação específica para a sua faixa etária. A campanha de vacinação começa no dia 8, mas na primeira fase, apenas profissionais da área de saúde e povos indígenas poderão ser imunizados.


Segundo a assessoria do Ministério, o cadastramento para ser avisado por e-mail do dia da vacinação poderá ser feito no próprio site da pasta (www.saude.gov.br). Não haverá qualquer custo ao cidadão pelo serviço.

O calendário é o mesmo em todo o Brasil, e os locais de vacinação serão definidos pelas secretarias de saúde de cada estado. Para ser vacinado, é necessário pertencer a algum grupo indicado pelo ministério. É preciso levar ao posto de vacinação o RG e a carteirinha de vacinação. O medicamento é contra-indicado a quem tem alergia a ovo.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE A (H1N1)
8 a 19 de março Profissionais da Saúde Médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica.
8 a 19 de março Povos indígenas População que vive em aldeias. A vacinação será realizada em parceria com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
22 de março a 2 de abril Gestantes Mulheres grávidas em qualquer período de gestação. As mulheres que engravidarem depois de 2 de abril podem tomar a vacina até 21 de maio.
22 de março a 2 de abril Pessoas com problemas crônicos com até 60 anos de idade Serão vacinadas as pessoas com os seguintes problemas:
• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
22 de março a 2 de abril Crianças entre seis meses e dois anos de idade incompletos (23 meses). Elas devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose.
5 a 23 de abril População de 20 a 29 anos Qualquer pessoa nessa faixa etária.
24 de abril a 7 de maio Idosos com problemas crônicos (mais de 60 anos de idade). O período coincide com a vacinação de idosos para a gripe comum. Quando eles forem tomar a vacina, receberão também imunização contra o vírus influenza A (H1N1) caso tenham algum destes problemas:

• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
10 a 21 de maio População de 30 a 39 anos Qualquer pessoa nessa faixa etária.

A vacinação será gratuita e dividida em cinco etapas, conforme o público-alvo. O Ministério da Saúde tem 83 milhões de doses da vacina e terá que comprar mais 30 milhões para conseguir atender a pessoas de 30 a 39 anos, que foram incluídas dentro da faixa de imunização na semana passada.


Estima-se que pelo menos 91 milhões de pessoas sejam vacinadas contra a nova gripe. Parte do medicamento adquirido pelo governo será mantido como reserva técnica caso seja necessário vacinar outros grupos.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que além do aviso por e-mail, o governo fechou um convênio com operadores de telefonia celular para que se envie torpedos para os cidadãos informando o calendário de vacinação. Neste caso, no entanto, não há cadastramento prévio.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Médico comenta cuidados básicos contra a raiva humana

Médico comenta cuidados básicos contra a raiva humana

Após início dos sintomas, frequentemente a doença é mortal.
Para 'evitar contágio', indiano arrancou coração de cachorro e comeu.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

Depois de ser mordido por um cachorro de rua, um indiano de 30 anos, Chukna Ganju, morador da cidade de Jharkhand, perseguiu e matou o cão, arrancou o coração do bicho e comeu.

Quando foi indagado por que havia feito aquilo, ele respondeu que agindo daquela forma evitaria a raiva animal, uma doença frequentemente mortal, após o início dos sintomas.

Foto: Deshakalyan Chowdhury / AFP 04-08-2006

Vira-lata na cidade indiana de Kolkata, onde a prefeitura saiu recolhendo cães em uma tentativa de conter casos de raiva humana. Situação foi agravada, à época, pela falta de vacina antirrábica (Foto: Deshakalyan Chowdhury / AFP 04-08-2006)

Vamos aproveitar a história desse indiano para falarmos sobre a raiva humana.

Ela é uma doença viral transmitida pela mordida de um mamífero infectado. No ambiente doméstico, cães e gatos são as fontes mais comuns. Qualquer pessoa que tenha sido atacada por um animal – e não se sabe se está vacinado ou não – deve procurar atendimento médico imediatamente para avaliação da ferida e tratamento.

A ferida deve ser limpa e aplicado o curativo adequado. Alem do curativo pode ser indicada a prevenção do aparecimento da raiva humana. O tratamento consiste na aplicação de uma dose do chamado soro antirrábico, que contém anticorpos específicos contra ao vírus da raiva.
Lembrando o caso do adolescente brasileiro que sobreviveu à raiva contraída por mordida de morcego. Foi o 3º caso de sobrevivência em todo o mundo e o 1º do Brasil

Além do soro, deverão ser aplicadas doses da vacina contra a raiva para estimular as defesas do corpo humano.

Diante da dificuldade ou quase impossibilidade de tratamento da raiva humana, a mais eficiente defesa é a vacinação dos animais, para manter o vírus longe da população.

Por isso, se você tem um cachorro ou gato, ou mesmo outro mamífero como animal de estimação, não deixe de vaciná-lo quando o veterinário indicar.


Aids causa maioria das mortes de mulheres entre 15 e 49 anos, diz ONU

Aids causa maioria das mortes de mulheres entre 15 e 49 anos, diz ONU

Para agência, violência contra mulher tem ligação com mortes pela doença.

Da BBC

A infecção pelo vírus HIV se transformou na principal causa de mortes e doenças de mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos) no mundo todo, de acordo com a Unaids, a agência das Nações Unidas para o combate à Aids.

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A agência lançou nesta terça-feira (2) um plano de ação de cinco anos para lidar com os fatores que colocam mulheres em risco, no início de uma conferência de dez dias sobre a situação das mulheres no mundo, em Nova York.

A agência advertiu que até 70% das mulheres no mundo todo sofrem violência, e esses maus tratos prejudicam a capacidade destas mulheres de negociar relações sexuais seguras com seus parceiros. Ou seja: elas podem estar sendo forçadas a fazer sexo sem preservativo, o que aumenta a chance de contaminação pelo HIV.

"A violência contra mulheres não deve ser tolerada", disse o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé.

"Ao tirar a dignidade das mulheres, estamos perdendo a oportunidade de aproveitar metade do potencial da humanidade para atingirmos as Metas do Milênio. Mulheres e meninas não são vítimas, elas são a força motriz que traz a transformação social", acrescentou.


Proporção

De acordo com a Unaids, em dezembro de 2008, 33,4 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo todo. Deste total, 15,7 milhões, quase metade, eram mulheres.

E a proporção de mulheres infectadas com o vírus da Aids aumentou em muitas regiões do mundo nos últimos dez anos.

Na África subsaariana, por exemplo, 60% das pessoas que tem o HIV são do sexo feminino. Na África do Sul, mulheres jovens têm probabilidade três vezes maior de ser infectadas com o HIV do que os jovens da mesma idade.

Cerca de 30 anos depois do início da epidemia do vírus no mundo, os serviços que atendem os portadores não atendem de forma adequada as necessidades específicas de mulheres e adolescentes, alertou a agência da ONU.

"A informação a respeito de saúde sexual e reprodutiva para mulheres e adolescentes com o vírus HIV ainda é limitada", afirmou Suksma Ratri, integrante da Rede Feminina Positiva da Indonésia e que participou do lançamento da Unaids.

"Elas precisam de um sistema de apoio amigável e adequado que permita que elas façam escolhas livres a respeito de sua sexualidade sem que sejam discriminadas ou estigmatizadas", afirmou.

O plano de ação lançado pela agência da ONU especificou alguns pontos de ação para que a ONU possa trabalhar junto com governos de vários países, sociedade civil e outros parceiros.

Entre os pontos principais deste plano está a melhora na coleta de informações e análise de como a epidemia afeta mulheres e a garantia de que a questão da violência contra a mulher seja incluída nos programas de prevenção do HIV.

O Brasil e vários outros países da América do Sul, da África e da Europa participam da iniciativa, juntamente com várias instituições ligadas à ONU e ONGs. O lançamento da campanha contou também com a presença da cantora e ativista Annie Lennox.

terça-feira, 2 de março de 2010

Médicos brigam antes de parto em hospital de MS; bebê nasce morto

Médicos brigam antes de parto em hospital de MS; bebê nasce morto
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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

Dois médicos trocaram socos durante um trabalho de parto no hospital municipal de Ivinhema (a 345 km de Campo Grande), em Mato Grosso do Sul, e atrasaram o procedimento. Após uma cesariana de emergência, o bebê nasceu morto.

Conselho apura briga de médicos durante parto no MS

A polícia abriu inquérito para apurar se a confusão na sala de parto contribuiu para a morte. A cesariana foi feita por um terceiro médico, uma hora e meia depois da briga. Segundo o delegado Lupersio Lúcio, os exames pré-natais da gestante Gislaine Santana, 32, não indicavam problemas com a gravidez.

"Uma briga nessas circunstâncias é, por si só, algo surreal e inimaginável", disse o delegado. Ele afirmou que vai tentar mostrar se a confusão diante da gestante resultou em algum prejuízo ao trabalho de parto. A confusão ocorreu na terça-feira (23), durante o plantão do médico Sinomar Ricardo. Ao chegar ao hospital para o parto, Gislaine estava com o médico Orozimbo Oliveira Neto, que trabalha no mesmo hospital e fizera todo o acompanhamento pré-natal.

Quando o outro médico já havia começado o procedimento na sala de parto, Ricardo interrompeu o processo, segundo o delegado, por entender que ele é que deveria conduzir os partos durante o seu plantão.

"Aí, foi pancadaria mesmo. Chegaram a rolar no chão. E minha mulher gritava para que parassem", disse o marido de Gislaine, Gilberto Melo Cabreira. Ele afirmou que, durante a briga, a porta da sala ficou aberta. "Minha mulher ficou exposta, nua, para todo o hospital."

Segundo ele, Gislaine pretendia ter um parto normal e que, pouco antes da briga entre os dois médicos, havia recebido uma dose de um medicamento que induz as contrações e a dilatação.

Depois da briga, Cabreira disse tê-la encontrado "em estado de choque". "Ela estava chorando muito e ficava repetindo que não queria mais o parto normal."

Nesta quarta-feira, em nota, a Secretaria Municipal da Saúde anunciou que os médicos foram dispensados do hospital. Gislaine recebeu alta nesta tarde e se disse "muito abalada emocionalmente". A Folha não conseguiu localizar os médicos envolvidos.

Cabreira esteve hoje no Ministério Público. Até o final desta semana, ele diz que pretende contratar um advogado para buscar reparação por danos morais.

Sobre a possibilidade de a briga ter interferido no nascimento de sua filha, Cabreira disse que "não pode fazer acusações". "Uma coisa, porém, eu posso afirmar: até o momento do parto, minha filha estava saudabilíssima."